26 julho 2025

Cidades do Acre registram aumento na procura por combustíveis após crise na Bolívia

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Imagem via G1 Acre.

Postos de combustíveis em Brasiléia e Epitaciolândia, no interior do Acre, estão recebendo um fluxo maior de veículos desde segunda-feira (2), devido à escassez de combustíveis na Bolívia. A crise no país vizinho levou moradores da cidade de Cobija, localizada na fronteira com o Brasil, a atravessarem para abastecer seus carros em território acreano.

A Bolívia enfrenta problemas no fornecimento de combustíveis há meses, e os postos de Cobija estão praticamente sem estoque. Com isso, os bolivianos têm buscado alternativas do lado brasileiro da fronteira.

Marleuda Cavalcante, empresária responsável pela maior rede de postos da região do Alto Acre, afirmou que os três postos de sua rede em Brasiléia e o de Epitaciolândia precisaram intensificar a reposição de combustíveis para dar conta da demanda. “Estamos monitorando a situação junto às nossas distribuidoras para evitar qualquer risco de desabastecimento, tanto para os moradores do Acre quanto para os que estão vindo da Bolívia”, disse.

Imagem via G1 Acre.

Ela explicou que o fluxo de veículos aumentou de forma visível e se intensifica em horários específicos, como no final da tarde. “Na quarta-feira (5), o movimento foi intenso, mas conseguimos manter o abastecimento até o fim do dia”, destacou.

A Prefeitura de Brasiléia informou que está acompanhando o cenário de perto e, se necessário, acionará os órgãos responsáveis. A Prefeitura de Epitaciolândia ainda não se pronunciou.

Crise se agrava na Bolívia

O presidente boliviano Luis Arce anunciou no fim de maio que o governo estava tomando medidas para lidar com a crise de combustíveis. No entanto, filas nos postos seguem sendo uma constante no país.

Além disso, a escassez de dólares e de combustíveis provocou protestos em cidades como La Paz. Motoristas do transporte coletivo foram às ruas para criticar a situação, que tem afetado a economia boliviana. O país enfrenta um dos momentos econômicos mais delicados desde a crise financeira global, com queda nas exportações, paralisações na produção de energia e redução das reservas em moeda estrangeira.

Informações via G1 Acre.

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