Com objetivo de se antecipar aos impactos do período de seca e fortalecer a atuação preventiva, o governo do Acre, por meio do Gabinete de Crise, Seca e Estiagem e do Grupo Operacional de Comando e Controle (Gocc), promoveu na manhã desta quarta-feira, 18, no Museu dos Povos Acreanos, em Rio Branco, a 3ª Reunião Técnica de Ações Integradas de Governo para o Enfrentamento ao Período de Seca.
O evento, transmitido ao vivo pelo canal do governo do Acre no YouTube, reuniu gestores e técnicos de órgãos ambientais municipais, estaduais e federal, além de pesquisadores e especialistas, que apresentaram prognósticos meteorológicos e hidrológicos para o próximo trimestre.
A reunião técnica foi coordenada pelo Gabinete de Crise, em conjunto com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDC).

O secretário de Estado do Meio Ambiente, Leonardo Carvalho, destacou a articulação e esforços por parte do governo para minimizar os impactos ambientais. “Temos realizado reuniões sistemáticas ao longo do ano e, em 2025, o governo do Acre se antecipou aos eventos climáticos extremos, fortalecendo a governança ambiental. Hoje, atuamos com o Grupo Operacional de Comando e Controle, que trata do combate ao desmatamento e às queimadas, e com o Gabinete de Crise Hídrica, responsável por articular ações preventivas no período de estiagem”, relatou.
Na ocasião, o meteorologista do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), Luiz dos Santos Neto, apresentou o Boletim Climático da Amazônia para os meses de junho, julho e agosto, fornecendo dados essenciais para intensificar as ações integradas do governo na gestão dos riscos ambientais durante o período de estiagem.

O pesquisador explica que, em relação às precipitações, para o próximo trimestre, os dados do Boletim Climático da Amazônia indicam que não há previsão de grandes alterações no volume de chuvas no Acre: “Atualmente, não há influência significativa de fenômenos climáticos como El Niño ou La Niña, o que nos permite afirmar que as chuvas devem ocorrer dentro da normalidade esperada para o período. Ou seja, não projetamos uma seca severa como a que foi registrada em anos anteriores”.
Em seguida, o diretor executivo da Defesa Civil do Estado, capitão Rogério Oliveira, apresentou as ações do governo para o enfrentamento da estiagem, como a formação de brigadistas comunitários para atuar nas unidades de conservação, a Operação Contenção Verde, ação preventiva contra desmatamento e queimadas ilegais, além dos planos de contingência e outras medidas que visam prevenir os efeitos do período de seca.

O coordenador da Casa Civil, Ítalo Medeiros, ressaltou a importância da integração entre diferentes esferas do governo para enfrentamento dos desafios ambientais no Acre. “O governo está se preparando com base em informações técnicas. Hoje tivemos a oportunidade de acompanhar uma apresentação dos meteorologistas, fundamental para orientar nossas ações. O fortalecimento da integração entre as instituições facilita o trabalho de todos. A Sema traz os dados meteorológicos e hidrológicos, o Instituto de Meio Ambiente [Imac] atua na fiscalização e o Corpo de Bombeiros cuida da contenção e perícia do fogo. Cada órgão desempenha um papel essencial nesse grupo de trabalho, que é decisivo para o sucesso das operações”, analisou.

O coordenador da Defesa Civil do Estado, coronel Carlos Batista, ressaltou o trabalho contínuo para mitigar os impactos da seca: “O Gabinete de Crise conta com mais de 26 instituições, que se reúnem regularmente para discutir planos operacionais e de contingência. Com base nos indicadores de 2023 e 2024, estamos nos organizando para reduzir e mitigar os efeitos da seca deste ano, principalmente nas áreas da saúde, combate a incêndios florestais e abastecimento da população, especialmente no saneamento básico”.
POR SECOM