25 julho 2025

Inacreditável: diarista sente dores e descobre larvas vivas no nariz após três dias internado no hospital de Tarauacá

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Lázaro buscou atendimento médico após sentir incômodo no nariz — Foto: Arquivo pessoal/G1AC

O que era para ser um simples atendimento médico virou um verdadeiro pesadelo para o diarista Lázaro Rodrigues de Souza, de 47 anos, morador de Tarauacá, no interior do Acre. Após buscar ajuda no Hospital Doutor Sansão Gomes com fortes dores e sangramento nasal, ele foi medicado e liberado. No entanto, três dias depois, a família fez uma descoberta chocante: larvas estavam vivas dentro do nariz do paciente.

Segundo relato de familiares, Lázaro já possuía um ferimento antigo na região nasal, mas nunca teve um diagnóstico claro. No dia 24 de maio, ele procurou atendimento após sentir incômodos mais intensos e sangramento. A equipe médica aplicou uma injeção e pediu um exame para leishmaniose, que deu resultado negativo. Sem maiores investigações, ele foi liberado para casa.

“No domingo [25], ele voltou sentindo muita dor. Claro, com os bichos roendo tudo, e estava sangrando muito”, relatou uma das irmãs, que preferiu não ser identificada.

Internado no dia 27 de maio, Lázaro permaneceu sob observação, mas sem que fosse feita uma avaliação detalhada do nariz. Foi só quando ele pediu ajuda a uma irmã que o acompanhava que a situação veio à tona. Ela usou a lanterna do celular para olhar dentro do nariz do irmão e viu a cena chocante: larvas se movimentando na cavidade nasal.

O caso foi imediatamente comunicado à equipe do hospital, que realizou a retirada do parasita. Para os familiares, a omissão poderia ter sido evitada com um atendimento mais minucioso.

 Hospital nega negligência, mas admite limitações técnicas

Carlos Tadeu, gerente do Hospital Doutor Sansão Gomes, afirmou ao portal G1 que os procedimentos possíveis dentro da estrutura da unidade foram realizados, incluindo a solicitação de exames e posterior encaminhamento para atendimento especializado.

“Não era possível ver as larvas a olho nu. Seria necessário um aparelho específico para examinar a cartilagem do nariz”, explicou Tadeu.

Após a retirada das larvas, Lázaro foi transferido para o Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul, onde permaneceu internado por cinco dias e recebeu alta com orientações para continuar o tratamento em casa.

Apesar da justificativa da direção da unidade, a família segue acreditando em negligência médica e registrou um boletim de ocorrência na delegacia de Tarauacá, na última quinta-feira (12 de junho).

 “Era só ter olhado”

“A gente só queria que, da primeira vez que ele foi atendido, tivessem olhado o nariz dele. Isso não teria acontecido”, lamentou a irmã.

O caso chama atenção para a importância do diagnóstico completo e detalhado mesmo em unidades com limitações, e reforça a necessidade de estrutura adequada e atenção redobrada, principalmente em pacientes com histórico de problemas persistentes.

Enquanto isso, Lázaro se recupera em casa, mas a história que viveu ainda choca e indigna a comunidade local.

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