Candinho, Policarpo e companhia estão de volta à tela da TV Globo em Eta Mundo Melhor, sequência de Eta Mundo Bom, sucesso criado por Walcyr Carrasco e exibido em 2016. Quem também retorna é a atriz Jeniffer Nascimento, mas dessa vez em um papel de protagonismo. À coluna, ela falou sobre o novo momento na carreira e celebrou a presença de atrizes negras nas produções da emissora.
Jeniffer Nascimento dará vida, mais uma vez, à personagem Dita. Coadjuvante em Eta Mundo Bom, ela terá muito mais destaque na continuação da trama, que estreia nesta segunda-feira (30/6), e fará par romântico com Candinho (Sergio Guizé). Longe do sítio, Dita se muda para São Paulo, onde vai lutar para realizar o sonho de se tornar uma grande cantora de rádio.
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Oportunidade
“Tô muito feliz com esse novo momento, muito feliz em essa ser minha primeira protagonista, ainda mais com uma personagem que eu já tenho um carinho muito grande”, afirmou a atriz à coluna. “Estou muito lisonjeada e aproveitando muito essa oportunidade de mostrar para o público todas as camadas que eu construí para a Dita”, reforçou Jeniffer Nascimento.
Ainda segundo a famosa, ela foi pega de surpresa com o crescimento da personagem na sequência da trama de 2016. “A equipe me sondou para saber se eu tinha interesse em participar da continuação e prontamente eu falei que sim, porque é uma personagem que eu tenho um carinho muito grande, mas eu não sabia que ela seria a protagonista”, disse.
“Comecei a ouvir algumas histórias até que chegou o convite formal falando que eu seria a protagonista da história, e eu fiquei muito feliz, eu não esperava que isso acontecesse. Então, foi muito legal essa trajetória”, reforçou a atriz.
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Jeniffer Nascimento
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Jeniffer Nascimento
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Jeniffer Nascimento e Sergio Guizé
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Jeniffer Nascimento e Sergio Guizé
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Jeniffer Nascimento e Dhu Moraes
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Jeniffer Nascimento
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Preparação especial
Se em Eta Mundo Bom a personagem era casada com Quincas (Miguel Rômulo), na continuação, escrita por Walcyr Carrasco e Mauro Wilson, Dita estará separada do ex-amado. Em São Paulo, ela vai tentar realizar um sonho: se tornar uma grande cantora de rádio.
Para o papel, Jeniffer Nascimento revelou que, apesar de já ser cantora, precisou se preparar para adequar sua voz. “Eu vim do teatro musical, tenho 18 anos de aulas de canto, então, fiz do canto popular até o canto lírico, mas nunca tinha tido oportunidade de cantar músicas dos anos 1940 e 50”, disse.
“A técnica é completamente diferente do jeito que a gente canta hoje. Então, está sendo uma grande escola ouvir essas divas e aprender com elas, porque é uma técnica absurda. Essa era a época de ouro do rádio e você tinha que conquistar as pessoas pela voz, pela música. É tudo muito bonito”, reforçou a artista.
Protagonismo negro
Jeniffer Nascimento também celebrou o espaço que artistas negros vem conquistando nas novelas da TV Globo, inclusive em papéis de protagonismo. Nomes como Taís Araújo e Bella Campos em Vale Tudo, Clara Moneke em Dona de Mim e Duda Santos em Garota do Momento vêm arrancando elogios do público.
De acordo com a atriz, porém, o protagonismo negro tem que deixar de ser um “incômodo” por parte da população para se tornar algo comum. “Acho que isso tem que deixar de ser uma questão e virar algo comum. Por isso, acho extremamente importante normalizar pessoas pretas nesse lugar de protagonismo”, sacramentou.
“Às vezes eu leio coisas como: ‘Nossa, agora só tem preto protagonista?’. Mas a vida inteira só teve branco protagonista e isso nunca foi um incômodo. Então, acho que as pessoas têm que começar a se questionar porque agora está sendo um incômodo”, apontou a famosa.
Ainda segundo a atriz, o racismo ainda está impregnado na sociedade – mesmo que, muitas vezes, as pessoas não se deem conta disso. “A sociedade tem muito o que aprender ainda sobre o que a gente tem de preconceitos ou não, porque muitas vezes está tão enraizado a nossa sociedade”, disse.
Ao fim, ela celebrou não apenas seu destaque em Eta Mundo Melhor, mas de colegas em outras tramas. “É muito legal que agora não seja apenas uma, e sim, sejamos muitas. É muito legal receber esse bastão da Duda Santos, que arrebentou no horário das 18h, e entregar para a Clara Moneke às 19h. É maravilhoso a gente não precisar só competir e poder celebrar as conquistas umas das outras.”