Produtores rurais de diversas comunidades da zona rural de Rio Branco começaram a receber, nesta semana, mais de 600 cestas básicas como forma de apoio emergencial após os impactos causados por desastres naturais recentes. A entrega dos alimentos busca minimizar os efeitos das fortes chuvas, enchentes e alagamentos que atingiram a região nos últimos meses, comprometendo plantações, criações e estruturas residenciais de dezenas de famílias.
A ação visa garantir a segurança alimentar das famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade após perdas econômicas e estruturais provocadas pelos eventos climáticos extremos. Muitas dessas comunidades enfrentam dificuldades até para ter acesso aos itens básicos de alimentação, diante do cenário de devastação deixado pelas cheias e instabilidade do clima.
A iniciativa conta com o apoio de instituições públicas e organizações ligadas ao setor produtivo rural, que identificaram as áreas mais afetadas para realizar a entrega das cestas. Os alimentos distribuídos incluem itens de primeira necessidade, como arroz, feijão, macarrão, farinha, óleo de soja, enlatados, açúcar, leite em pó, sal, café e biscoitos.
Segundo os organizadores, a prioridade foi atender agricultores familiares, pequenos produtores e moradores de áreas de difícil acesso que, muitas vezes, não conseguem contar com assistência regular. A maioria dos beneficiários perdeu boa parte das suas plantações, fontes de renda e equipamentos de trabalho, ficando sem meios de sustento imediato.
Durante a entrega, que aconteceu de forma escalonada em diferentes comunidades, equipes de apoio também ouviram relatos sobre as necessidades mais urgentes enfrentadas pelos moradores, como a escassez de água potável, falta de energia elétrica e dificuldades de locomoção. Em alguns casos, as famílias estão isoladas desde as últimas enchentes e dependem exclusivamente da ajuda externa.
Autoridades ligadas à gestão rural e à defesa civil acompanharam a distribuição e destacaram que a entrega das cestas é apenas uma das etapas de um plano maior de reconstrução e assistência. O objetivo é garantir que essas famílias tenham condições mínimas de sobrevivência enquanto o poder público articula medidas de recuperação econômica e estrutural nas regiões afetadas.
“Essas cestas representam um alívio imediato, mas sabemos que o desafio é muito maior. Estamos atuando para que os produtores tenham acesso a linhas de crédito emergencial, assistência técnica e insumos agrícolas que possibilitem a retomada da produção rural com dignidade e segurança”, disse um dos coordenadores da ação.
As previsões climáticas ainda apontam instabilidade para as próximas semanas, o que aumenta a preocupação com novos episódios de chuvas intensas. Por isso, a Defesa Civil mantém equipes de monitoramento nas áreas consideradas de risco e recomenda que a população permaneça atenta aos alertas meteorológicos.
A solidariedade da comunidade e o envolvimento de diversas frentes sociais foram fundamentais para viabilizar a distribuição. Voluntários se mobilizaram para organizar e transportar os alimentos, reforçando o espírito de cooperação diante de um cenário de tantas perdas.
A expectativa é que novas etapas de distribuição sejam realizadas, caso haja necessidade, conforme a avaliação técnica e a disponibilidade de recursos. Para os moradores das comunidades rurais, o gesto representa mais do que a entrega de alimentos: é um sinal de que não estão sozinhos e de que a reconstrução é possível com união e apoio mútuo.
