14 junho 2025

Olhos cansados e irritados? Síndrome do olho seco cresce entre jovens com uso excessivo de telas

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Cansaço ocular, ardência, visão embaçada e sensação de areia nos olhos. Esses são alguns dos sintomas cada vez mais comuns entre jovens e adolescentes que passam horas diante de celulares, computadores e tablets. O que muitos não sabem é que isso pode ser sinal da síndrome do olho seco, uma condição que, até pouco tempo atrás, era mais associada ao envelhecimento, mas que agora afeta uma nova geração.

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A rotina digital, que inclui longos períodos em redes sociais, videochamadas, jogos online e estudo remoto, tem contribuído diretamente para o aumento dos casos. Isso acontece porque, durante o uso de telas, a frequência de piscar naturalmente diminui — e piscar é essencial para espalhar a lágrima sobre a superfície ocular. Sem essa lubrificação adequada, os olhos ficam ressecados e irritados.

Outro agravante é a exposição constante à luz azul emitida por dispositivos eletrônicos, que contribui para o estresse ocular e pode piorar a qualidade da lágrima. Além disso, ambientes com ar-condicionado e baixa umidade agravam ainda mais o quadro, tornando a síndrome cada vez mais frequente em ambientes como escolas, escritórios e até dentro de casa.

Jovens que antes relatavam apenas fadiga ocular temporária agora apresentam queixas persistentes. Muitos sequer desconfiam que o desconforto que sentem pode ser uma síndrome que requer atenção médica. Estudos indicam que, em alguns casos, a síndrome do olho seco não tratada pode levar a inflamações crônicas e até a lesões na superfície do olho.

A prevenção e o cuidado são simples, mas exigem disciplina. A principal recomendação é a adoção da regra 20-20-20: a cada 20 minutos de uso de tela, fazer uma pausa de 20 segundos olhando para um objeto a pelo menos 6 metros de distância. Isso ajuda a reduzir o cansaço visual e estimula o piscar natural.

Manter-se bem hidratado, usar colírios lubrificantes prescritos por um oftalmologista e garantir que os ambientes estejam com boa umidade também são medidas importantes. Além disso, sempre que possível, é indicado reduzir o tempo de exposição a telas — especialmente antes de dormir — e usar filtros de luz azul em dispositivos.

Especialistas reforçam que qualquer desconforto persistente nos olhos deve ser avaliado por um oftalmologista. Muitas vezes, pequenas mudanças no estilo de vida e no uso das telas podem evitar que um problema simples evolua para quadros mais complexos.

A popularização do home office e do ensino a distância durante os últimos anos potencializou o uso contínuo de telas, tornando a conscientização sobre a saúde ocular ainda mais urgente. Cuidar dos olhos não significa abrir mão da tecnologia, mas sim aprender a usá-la de maneira equilibrada, para garantir qualidade de vida e bem-estar visual.

A mensagem é clara: é hora de olhar para os olhos. Prevenção, informação e pequenas pausas ao longo do dia podem fazer uma grande diferença para que jovens e adultos possam continuar a desfrutar do mundo digital sem comprometer a saúde ocular.

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