O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) se manifestou nesta semana para explicar o método de recuperação utilizado em alguns trechos da BR-364, especialmente na região do Acre. A técnica, chamada de macadame, foi adotada em pontos onde a pavimentação original da rodovia foi danificada pelas chuvas intensas e pelo tráfego pesado.
Segundo o DNIT, o macadame consiste na compactação de camadas de pedras quebradas e britadas, dispostas de maneira a formar uma base sólida. Essa técnica é uma das mais antigas da engenharia rodoviária e ainda é empregada em situações emergenciais, por ser mais rápida e prática quando não é possível fazer recapeamento completo de imediato.
A explicação foi motivada por questionamentos que surgiram após a visita de uma comitiva de deputados federais e estaduais, representantes de órgãos públicos e entidades civis à BR-364. A caravana, que percorreu o trecho entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul, avaliou de perto as condições da rodovia e cobrou soluções urgentes para garantir a trafegabilidade e a segurança dos motoristas.
Durante a vistoria, alguns integrantes da caravana defenderam o uso do macadame como uma medida temporária eficaz, até que seja possível realizar obras definitivas. O DNIT reforçou que a aplicação do macadame visa manter a rodovia operando, especialmente em pontos críticos que ficaram intransitáveis devido a buracos, erosões ou rompimentos da pista.
A população, no entanto, ainda se mostra preocupada com a durabilidade da técnica, já que em períodos de chuvas fortes, os reparos costumam se desgastar rapidamente. Em resposta, o órgão informou que o macadame é parte de uma série de ações previstas no cronograma de manutenção emergencial e que as obras permanentes estão previstas para o segundo semestre, dependendo de fatores climáticos e orçamentários.
A BR-364 é a principal ligação entre o Vale do Juruá e a capital Rio Branco, sendo essencial para o transporte de mercadorias, serviços de saúde e deslocamento de moradores da região. Por isso, a manutenção da estrada é considerada prioridade pelos gestores públicos e pela sociedade civil.
A visita da caravana também teve como objetivo reunir informações para pressionar o governo federal a agilizar recursos e iniciar obras definitivas em trechos mais danificados. Enquanto isso, o DNIT continuará aplicando soluções temporárias, como o macadame, para garantir a trafegabilidade mínima da rodovia.