O trecho da BR-317, no km 237, em Xapuri, que estava bloqueado desde a última sexta-feira (13), foi totalmente liberado na manhã deste domingo (15). A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou, por meio de nota oficial, que o trânsito já flui normalmente e não há registro de congestionamentos. Equipes permanecem monitorando a rodovia para garantir a segurança dos motoristas.
Enquanto a estrada era reaberta, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) denunciou uma série de ações criminosas contra sua equipe de fiscalização que atua na Reserva Extrativista Chico Mendes. Segundo o órgão, agentes da Operação Suçuarana foram vítimas de ameaças, bloqueios e destruição de infraestrutura, numa tentativa deliberada de impedir o combate a crimes ambientais.
Entre os atos relatados estão: bloqueio de estradas com fogo, destruição de pontes, cortes em cercas e até uma tentativa de incêndio no acampamento utilizado pelos fiscais. As ações teriam sido articuladas com o objetivo de interromper a operação e garantir a impunidade de práticas ilegais, como a pecuária clandestina dentro da área protegida.
Apesar das intimidações, a operação de retirada de gado ilegal continua. Apenas na madrugada deste domingo, 40 animais foram destinados pelas equipes. Todas as ocorrências foram comunicadas aos órgãos de segurança e ao Ministério Público Federal para apuração e responsabilização dos envolvidos.
O ICMBio reforçou que a Reserva Extrativista Chico Mendes foi criada para garantir o sustento das comunidades tradicionais e a preservação dos recursos naturais. A expansão ilegal da pecuária representa uma ameaça direta ao meio ambiente e às famílias que dependem da floresta.
O instituto reafirmou seu compromisso com a proteção ambiental e garantiu que continuará atuando de forma rigorosa, em parceria com outras instituições, para coibir crimes ambientais e assegurar a efetividade da gestão das unidades de conservação.
NOTA PRF-AC
“A Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Acre informa que o trecho da BR-317, no km 237, em Xapuri, encontra-se totalmente liberado desde a manhã deste domingo (15). O trânsito flui normalmente e não há registro de congestionamento no local.
Equipes da PRF permanecem monitorando a rodovia para garantir a segurança dos usuários.
Polícia Rodoviária Federal – Acre”
NOTA ICMBio
“Agentes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que atuam na Operação Suçuarana, na Reserva Extrativista Chico Mendes, foram alvo de uma série de ações criminosas na madrugada deste domingo (15), realizadas com o objetivo de intimidar e impedir o trabalho de combate aos ilícitos ambientais, cuja conduta é um crime federal.
Entre os atos criminosos identificados, estão o bloqueio de estradas com fogo, destruição de pontes, cortes de cerca e até uma tentativa de incêndio no acampamento utilizado pela equipe de fiscalização. As ações criminosas foram executadas de forma articulada, na tentativa de comprometer a continuidade da operação e garantir a impunidade de atividades ilegais no interior da Resex Chico Mendes, principalmente a pecuária clandestina em áreas protegidas.
Apesar das tentativas de obstrução, a fiscalização segue em andamento. Na madrugada deste domingo, mais 40 animais foram destinados e a retirada de gado prosseguirá no âmbito da operação.
O ICMBio informa que todas as ocorrências foram devidamente registradas e comunicadas às autoridades competentes, incluindo órgãos de segurança pública e Ministério Público Federal, para a apuração dos crimes e responsabilização dos envolvidos.
A Reserva Extrativista Chico Mendes é uma unidade de conservação federal criada para assegurar os meios de vida e a cultura das populações tradicionais extrativistas, além de garantir a conservação dos recursos naturais da região. A expansão ilegal da pecuária dentro da Resex representa uma grave ameaça tanto para o meio ambiente quanto para os próprios moradores que dependem da floresta em pé.
O ICMBio reafirma seu compromisso com a proteção do patrimônio ambiental brasileiro e informa que seguirá atuando de forma firme, em cooperação com outras instituições, para coibir crimes ambientais e garantir a efetividade da gestão das unidades de conservação federais”