10 agosto 2025

Ser leve não é ser raso: Leveza não é ausência de profundidade

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Tem pessoas que entram num ambiente e, sem dizer muita coisa, mudam o
ar. Gente que sorri com verdade, que escuta com presença, que não se apressa em
julgar. São leves. E por serem leves, às vezes são mal interpretadas. Confundidas
com quem não sente, com quem não pensa, com quem vive na superfície. Mas ser
leve não tem nada a ver com ser raso. tem a ver com saber flutuar mesmo após ter
afundado.

A leveza verdadeira não nasce de uma vida fácil. Nasce de quem já passou por
muita coisa e escolheu não carregar tudo para sempre. Nasce de quem entendeu
que viver não precisa ser um fardo contínuo. Que é possível ter profundidade sem
se afogar nos próprios sentimentos. Que dá para ser intenso sem ser pesado. E
que, aliás, ser leve é uma forma de resistência em um mundo que insiste em nos
endurecer.

Tem gente que é leve porque aprendeu a se perdoar. Porque entendeu que
culpa demais sufoca, que autocobrança sem limite paralisa, que remorso não move
ninguém para frente. E então escolheu rir das próprias falhas, amar os próprios
pedaços tortos, acolher a própria bagunça. E isso, convenhamos, exige uma força
enorme.

Ser leve é saber que a vida já é dura demais para a gente se tornar mais um
peso dentro dela. É saber chorar, sim, mas também saber respirar fundo, sacudir a
poeira e seguir. É não deixar que a dor vire identidade. É olhar para o caos e dizer:
isso não vai me consumir inteiro.

Leveza é um compromisso com a liberdade emocional. Com o bom humor que
salva, com a delicadeza que constrói, com a simplicidade que conecta. Quem é leve
não vive fugindo do fundo, só sabe voltar à tona com mais facilidade.
E, no fim das contas, é essa leveza que permanece. Porque o que pesa
demais, a gente aprende a soltar. Mas o que é leve… a gente quer por perto.
Sempre.

@enricopierroofc

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