O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), rebateu as postagens da Embaixada dos Estados Unidos, com ameaças aos ministros da Suprema Corte brasileira e que se alinharem ou protegerem Alexandre de Moraes. Dino afirmou que as embaixadas de nenhum país têm atribuições de “avisar” ou “monitorar” magistrados do Judiciário brasileiro, seja ele quem for.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Internet Reprodução Internet Reprodução Flávio Dino (Foto: Reprodução/Internet) Flávio Dino votou a favor da responsabilização das plataformasReprodução: YouTube/TV Justiça
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“Lembro que, à luz do Direito Internacional, não se inclui nas atribuições da embaixada de nenhum país estrangeiro ‘avisar’ ou ‘monitorar’ o que um magistrado do Supremo Tribunal Federal, ou de qualquer outro Tribunal brasileiro, deve fazer”, postou no Instagram.
Na quinta-feira (7/8), a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil publicou nova mensagem criticando o ministro Alexandre de Moraes, do STF, na condução do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“O ministro Moraes é o principal arquiteto da censura e perseguição contra Bolsonaro e seus apoiadores. Suas flagrantes violações de direitos humanos resultaram em sanções pela Lei Magnitsky, determinadas pelo presidente Trump”, diz o texto publicado no X.
Na semana anterior, Donald Trump enquadrou Moraes na Lei Magnitsky. A norma pune cidadãos estrangeiros com bloqueio econômico e de bens nos Estados Unidos. Além disso, Trump ameaçou os demais ministros do STF de enquadrá-los na Lei, o que, por enquanto, não ocorreu.
“Os aliados de Moraes no Judiciário e em outras esferas estão avisados para não apoiar nem facilitar a conduta de Moraes. Estamos monitorando a situação de perto”, finalizou a Embaixada dos EUA no Brasil.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também reagiu a nota da Embaixada norte-americana. Nesta sexta-feira (8/8), o encarregado de Negócios da Embaixada dos EUA, Gabriel Escobar, foi convocado a prestar explicações no no Itamaraty. O representante do governo de Donald Trump foi recebido pelo embaixador Flávio Goldman, que lhe disse que o “Brasil recebe a postagem com pura indignação”.
