O governo Lula enfrenta uma nova tormenta política: a ministra das Relaões Institucionais, Gleisi Hoffmann, acredita-se estar ultimando uma lista de cortes em indicações partidárias, o que pode atingir partidos do Centrão e criar impacto direto no cenário político do Acre.
Segundo apurações, deputados e lideranças de partidos como PP, União Brasil, Republicanos e PSD estão na mira da revisão. A estratégia, chamada nos bastidores de “limpeza” ou “passar a faca”, teria origem em insatisfações com aliados do governo que não honraram acordos de voto, especialmente após a derrota do Executivo na votação da Medida Provisória do IOF.
No Acre, a movimentação ganhou contornos de alerta. O senador Sérgio Petecão (PSD), que detém influência em órgãos federais locais — como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Ministério da Pesca —, pode perder controle sobre essas nomeações.
Embora Petecão mantenha-se formalmente na base do governo, ele e seu grupo não parecem alinhados com o PT nas articulações eleitorais para 2026 — fato que deixa suas alianças vulneráveis diante do governo federal. Já circulam nos bastidores especulações de que Petecão poderia aceitar compor a chapa liderada pelo ex-senador Jorge Viana para o Senado.
Além disso, deputados federais do Acre ligados a partidos que hoje ocupam cargos no governo podem perder posições estratégicas, quebrando pactos antigos firmados em Brasília.
Fontes de Brasília afirmam que a medida seria uma resposta à “falta de fidelidade” de partidos aliados que teriam abandonado o governo em votações decisivas. O líder do governo no Congresso, José Guimarães (PT-CE), revelou que a ministra Gleisi possui uma lista de cortes em mãos e teria recebido apoio direto do presidente Lula para agir com firmeza.
A ministra, segundo relatos internos, estaria especialmente interessada em reavaliar indicações no “vespeiro da Caixa Econômica” como ponto de partida.
Nos bastidores do Acre, parlamentares e secretários já teriam sido advertidos a evitar declarações precipitadas, com o governador Gladson Cameli ressaltando que “ninguém fala por mim” e buscando contenção de movimentos eleitorais prematuros no estado.







