A Polícia Federal (PF) apreendeu, na última quarta-feira (3/12), um vídeo intitulado “festa da cueca” durante uma operação na 13ª Vara Federal de Curitiba — a mesma vara responsável por conduzir parte da Operação Lava Jato.
A gravação, segundo a investigação, mostra um encontro em um hotel cinco estrelas da capital paranaense, com a presença de magistrados e garotas de programa — encontros que, segundo apurações, ocorreriam mensalmente e eram custeados por escritórios de advocacia.
Além do vídeo, os agentes recolheram arquivos físicos de processos e documentos relacionados a investigações anteriores à Lava Jato, entre eles dados associados ao empresário Tony Garcia (ex-informante) e ao doleiro Alberto Youssef, além de delações.
A ação foi autorizada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), e investiga suspeitas de que informações sigilosas eram usadas indevidamente para influenciar decisões judiciais na referida vara.
O caso reacende o debate sobre integridade e independência do Judiciário brasileiro — sobretudo em função da proximidade com os processos e personagens envolvidos na Lava Jato.







