A trajetória de Liniker é uma busca constante pela própria identidade e pelo afeto seguro. A cantora, que começou a compor na adolescência após uma frustração amorosa, afirma que “desde então, tudo que eu escrevo tem destinatário”.
Apesar do sucesso global e das três vitórias no Grammy Latino 2025, Liniker não esconde a vulnerabilidade. Ela confessa: “Não me vejo mais como uma coadjuvante, mas eu continuo muito carente. Não tenho ninguém para me fazer carinho”.
Esse medo da solidão e a busca por afeto é um tema recorrente na vida dela.
A música e a poesia são as “maiores aliadas” e a bússola nesse trajeto de autodescoberta. O álbum “Índigo Borboleta Anil” foi um processo de cura para ansiedade e crise de pânico, e “Caju” é sobre “amor, reconciliação e poder espiritual”.
Liniker também utiliza a poesia para resgatar a essência. Nos álbuns, ela tem procurado a “Lili”, o nome pelo qual a mãe a chama, e a “criança” que não consegue encontrar.
Ela reconhece que a busca por si mesma é talvez a “função aqui nessa terra”, compondo sobre o amor-próprio e a autoestima.
A artista deseja um lugar de afeto onde seja “humanizada”, “respeitada” e “desejada”, e onde não seja apenas ela a fazer o esforço para ser amada.
Ela reconhece que a exposição do trabalho, em que é vista como a “Liniker”, muitas vezes acaba “machucando” as pessoas com quem se relaciona.
O processo de composição e produção também é íntimo. Liniker gosta de estar no estúdio, pois ali o trabalho “ainda é só meu e não é do outro”, permitindo-lhe definir a sensação que a obra deve causar.
Essa minúcia fez com que “Caju” fosse indicado em Melhor Álbum de Engenharia de Gravação.
O Festival Estilo Brasil é apresentado pelo Banco do Brasil Estilo, com patrocínio do governo federal e dos cartões BB Visa, e realização do Metrópoles, com produção da Oh! Artes.
Programação
Caetano Veloso
11 de dezembro
Liniker
14 de dezembro
Festival Estilo Brasil
Local: Ulysses Centro de Convenções
Ingressos: Bilheteria Digital






