20 dezembro 2025

“Primeira vez que deixei minha filha”, diz mãe de bebê morta em creche

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Era a primeira vez que a cabeleireira e empreendedora Lorrany Stephane deixava a filha Laura Rebeca Ribeiro dos Santos, de 1 ano e 4 meses, aos cuidados de outra pessoa.

Mãe solteira de três crianças — dois meninos e a bebê —, ela precisava trabalhar naquele dia e decidiu deixar a menina em uma creche improvisada no Setor O, em Ceilândia (DF). Horas depois, a pequena Laura morreu asfixiada.

Segundo Lorrany, que administra um salão de beleza, a decisão foi tomada após familiares que costumam ajudar não estarem disponíveis. Uma cliente do salão indicou a cuidadora, afirmando que ela tinha boa reputação e experiência.

“Eu precisava trabalhar, não tinha com quem deixar. Foi por isso que aceitei levar ela lá. A moça disse que era referência, que tinha câmera, que eu podia confiar, e ainda prometeu me mandar fotos da Laura”, relatou.

“Primeira vez que deixei minha filha”, diz mãe de bebê morta em creche - destaque galeria4 imagensLorrany Stephane desabafou após a morte da filha Laura, de 1 ano e 8 meses, em creche improvisada no Setor OCreche improvisada onde Laura foi deixada não tinha autorização para funcionar e atendia várias crianças ao mesmo tempoMãe disse ter confiado na indicação da cuidadora, que prometeu câmeras, envio de fotos e experiência com crianças.Fechar modal.MetrópolesBebê morreu asfixiada em bebê-conforto dentro de uma casa que funcionava como creche irregular, em Ceilândia1 de 4

Bebê morreu asfixiada em bebê-conforto dentro de uma casa que funcionava como creche irregular, em Ceilândia

ReproduçãoLorrany Stephane desabafou após a morte da filha Laura, de 1 ano e 8 meses, em creche improvisada no Setor O2 de 4

Lorrany Stephane desabafou após a morte da filha Laura, de 1 ano e 8 meses, em creche improvisada no Setor O

ReproduçãoCreche improvisada onde Laura foi deixada não tinha autorização para funcionar e atendia várias crianças ao mesmo tempo3 de 4

Creche improvisada onde Laura foi deixada não tinha autorização para funcionar e atendia várias crianças ao mesmo tempo

ReproduçãoMãe disse ter confiado na indicação da cuidadora, que prometeu câmeras, envio de fotos e experiência com crianças.4 de 4

Mãe disse ter confiado na indicação da cuidadora, que prometeu câmeras, envio de fotos e experiência com crianças.

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Relembre o caso

  • A creche funcionava em uma casa adaptada, sem autorização da Secretaria de Educação e sem alvará.
  • Relatos indicam que a cuidadora atendia várias crianças ao mesmo tempo, sem equipe de apoio.
  • Laura foi colocada em um bebê-conforto que não pertencia à família.
  • Em algum momento, a criança ficou presa ao cinto do bebê-conforto e morreu asfixiada.
  • A responsável encontrou a bebê desacordada e a levou para a UPA de Ceilândia, onde o óbito foi confirmado.
  • A investigação aponta inicialmente asfixia acidental; a causa oficial será determinada pelo Instituto de Medicina Legal (IML).

Veja o relato da mãe:

 

“Primeira vez que deixei minha filha”, diz mãe de bebê morta em creche - destaque galeria3 imagensDe acordo com informações preliminares, a menina teria ficado presa ao cinto da cadeirinha, conhecida como bebê conforto, enquanto dormia e morrido asfixiada.A bebê de apenas 1 ano e 5 meses morreu, na tarde desta quinta-feira (11/12), enquanto estava sob supervisão de uma cuidadora. Fechar modal.MetrópolesO caso ocorreu em Ceilândia1 de 3

O caso ocorreu em Ceilândia

| BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFotoDe acordo com informações preliminares, a menina teria ficado presa ao cinto da cadeirinha, conhecida como bebê conforto, enquanto dormia e morrido asfixiada.2 de 3

De acordo com informações preliminares, a menina teria ficado presa ao cinto da cadeirinha, conhecida como bebê conforto, enquanto dormia e morrido asfixiada.

| BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFotoA bebê de apenas 1 ano e 5 meses morreu, na tarde desta quinta-feira (11/12), enquanto estava sob supervisão de uma cuidadora. 3 de 3

A bebê de apenas 1 ano e 5 meses morreu, na tarde desta quinta-feira (11/12), enquanto estava sob supervisão de uma cuidadora.

| BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

Lorrany disse que Laura estava saudável e tranquila no momento em que foi deixada no local. O bebê-conforto onde a criança morreu asfixiada não pertencia à família. “Eu só tinha levado o carrinho grande, espaçoso. Eu nunca precisei botar cinto nela”, afirmou.

A mãe contou que recebeu um aviso no salão onde trabalha dizendo que a menina teria se machucado. Ela acreditou que fosse algo simples. “Eu fui achando que ela só teria se machucado e, no máximo, era um corte que precisava de pontos. Quando eu cheguei lá, o Samu já estava tentando reanimar ela. Aquilo acabou comigo.”

Segundo Lorrany, a cuidadora apresentou versões diferentes sobre o que aconteceu. “Ela falou que não sabia a rotina da Laura e achou que ela estava dormindo. Quando pegou, ela estava desacordada. Depois contou outra versão, dizendo que ela estava virada. E outra ainda dizendo que precisou sair e deixar ela com o marido.”

Em luto, Lorrany disse confiar nas investigações e clama por justiça. “A perícia vai dizer tudo, e tudo que eu quero é justiça. A gente confia em deixar os nossos filhos lá, porque precisa trabalhar, e agora estou sem minha filha.”

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