A Polícia Federal (PF) cumpriu neste sábado (27/12) 10 mandados de prisão domiciliar contra condenados pela trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF), no Distrito Federal e em sete estados. A operação ocorreu um dia após a prisão do ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques, detido no Paraguai tentando fugir da condenação a mais de 24 anos de prisão.
Os alvos incluem políticos, militares e ex-servidores públicos condenados por participação na trama golpista contra a vitória eleitoral de Lula (PT) em 2022. Todos terão prisão domiciliar com monitoramento eletrônico e medidas cautelares, como proibição de uso de redes sociais, restrição de contato com outros investigados, entrega de passaportes e limitação de visitas.
Confira a lista dos principais alvos desta ação:
- Filipe Martins – ex-assessor de Assuntos Internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
- Ângelo Martins Denicoli – major da reserva do Exército
- Marília Ferreira de Alencar – ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça
- Carlos Rocha Moretzsohn – presidente do Instituto Voto Legal (IVL)
- Ailton Barros – major do Exército
- Guilherme Marques Almeida – tenente-coronel do Exército
- Sérgio Cavalieri – tenente-coronel
- Bernardo Romão Correa Neto – coronel
- Fabrício Moreira de Bastos – coronel
- Giancarlo Rodrigues – subtenente
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- O núcleo 2 inclui réus que monitoraram autoridades e tentaram impedir votos nas eleições de 2022.
- O núcleo 3 era formado por militares envolvidos no planejamento de neutralização de autoridades, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice Geraldo Alckmin (PSB).
- O núcleo 4 envolve condenados por disseminar desinformação e atacar autoridades públicas.
As medidas cautelares definem ainda a proibição de saída do país, suspensão de porte de armas e restrição de visitas, que ficam limitadas a advogados ou pessoas previamente autorizadas pela Corte. O descumprimento dessas regras pode levar à prisão preventiva imediata.
A operação ocorreu de forma simultanea no Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Bahia e Tocantins, e conta com apoio do Exército Brasileiro em parte das diligências que envolvem militares.






