O Acre enfrenta uma significativa incidência de casos de dengue em 2024, com mais de 1.700 casos prováveis, de acordo com dados do Painel da Dengue divulgado pelo Ministério da Saúde. O estado ocupa o segundo lugar no ranking nacional de incidência, com 212,5 casos a cada 100 mil habitantes.
Até a última quinta-feira (25), o Acre já havia registrado 1.764 casos prováveis da doença. O Distrito Federal lidera a estatística, com 15.542 casos prováveis, correspondendo a 551,7 casos a cada 100 mil habitantes. Minas Gerais ocupa o terceiro lugar, com 34.198 casos prováveis e uma incidência de 166,5 casos a cada 100 mil habitantes.
Diante desse cenário, o governo do Acre decretou situação de emergência em 5 de janeiro devido a um aumento de 106,6% nos casos de dengue. O decreto tem validade por 90 dias, buscando mobilizar recursos e ações para combater a proliferação do vírus.
Os sintomas clássicos da dengue, como dores de cabeça, no corpo e mal-estar, são comuns, mas a doença pode se manifestar de forma mais grave. Em 2023, foram notificados 5.445 casos de dengue no estado, com 3.755 casos confirmados.
Lamentavelmente, a primeira morte confirmada por dengue em 2024 no Acre ocorreu em 14 de janeiro, quando um detento, identificado como Ivan Souza da Silva, de 31 anos, faleceu de dengue hemorrágica no Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul.
Para combater a propagação da doença, o Ministério da Saúde incluiu metade dos municípios acreanos na lista de vacinação contra a dengue. Onze cidades, consideradas de grande porte com alta transmissão nos últimos anos, irão imunizar crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, seguindo um esquema vacinal de duas doses com intervalo de três meses entre elas. A lista inclui municípios como Rio Branco, Senador Guiomard, Capixaba, Sena Madureira, entre outros.