Um relatório recente divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) revelou que o Acre está entre os estados brasileiros com os maiores percentuais de crianças e adolescentes sem acesso adequado à água potável. Os dados foram obtidos a partir do Censo Demográfico de 2022 e apontam que 10% das crianças e adolescentes no estado enfrentam essa carência.
As fontes de água consideradas inadequadas incluem obtenção de água potável por meio de carro-pipa, armazenamento de água da chuva, uso de água de rios, açudes, córregos, lagos e igarapés, entre outras fontes que não são consideradas seguras para consumo humano.
O Acre, nesse cenário, ficou atrás apenas de alguns estados em termos proporcionais, como Paraíba (15%), Pernambuco (14,9%), Amazonas (13,3%) e Alagoas (10,5%). A situação nacional também é preocupante, visto que cerca de 2,1 milhões de crianças e adolescentes em todo o Brasil não têm acesso adequado a fontes de água potável.
Os dados mostram que a maior proporção de falta de acesso à água está entre a população indígena, atingindo 25% dessa parcela da população de 0 a 19 anos, o que equivale a uma em cada quatro pessoas nessa faixa etária.
Por outro lado, o relatório também destaca que 52,3 milhões de crianças e adolescentes em todo o país têm acesso adequado à água potável. Os estados com maior proporção de acesso adequado são Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina, todos com 99,6%, seguidos pelo Distrito Federal e Goiás, ambos com 99,4%.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as formas consideradas adequadas de acesso à água incluem rede de distribuição, poços profundos ou artesianos, poços rasos, freáticos ou cacimbas, além de fontes, nascentes e minas. A garantia desse acesso adequado é fundamental para a saúde e o bem-estar das crianças e adolescentes, exigindo esforços contínuos para superar essas disparidades e garantir um direito básico a todos os cidadãos.
Via contilnet.