Neste Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, o governo do Acre reflete sobre a importância dos recursos naturais, os impactos das ações humanas e a necessidade de adotar medidas conscientes para um consumo mais sustentável. O estado, conhecido por sua vasta biodiversidade, continua a ser um líder na conservação ambiental, com 84% do seu território coberto por florestas preservadas.
À frente das políticas ambientais, a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) do Acre tem se destacado em diversas áreas, incluindo educação ambiental, preservação, conservação, gestão de áreas protegidas, desenvolvimento da bioeconomia, biodiversidade e ações de comando e controle. O estado enfrentou eventos climáticos extremos recentemente, como cheias e estiagens severas, destacando a urgência de políticas eficazes de adaptação às mudanças climáticas.
O governador Gladson Cameli destaca os avanços significativos nas políticas ambientais. Em 2023, o Acre foi apontado como o terceiro estado que mais reduziu o desmatamento, com uma queda de 69%, segundo o MapBiomas. Além disso, houve uma redução de 45% nos focos de queimadas.
A redução do desmatamento é resultado do trabalho conjunto de órgãos de comando e controle ambiental, que reforçam a fiscalização com equipes em campo. O Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma) também desempenha um papel crucial, mapeando dados e identificando áreas críticas para tomar medidas eficazes contra o desmatamento.
O Acre foi o primeiro estado a ter recursos aprovados pelo Fundo Amazônia, garantindo um investimento de 98 milhões de reais. Esse recurso visa fortalecer cadeias produtivas, regularização ambiental e fundiária, além de apoiar os órgãos de comando e controle ambiental.
Uma ação importante foi a atualização e aprovação do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas do Estado do Acre (PPCDQ-AC) para o período de 2023-2027. Este plano tem como objetivo reduzir o desmatamento e a degradação da vegetação nativa, além de controlar queimadas e incêndios florestais, garantindo a conservação da biodiversidade e a manutenção dos serviços ecossistêmicos.
A secretária do Meio Ambiente, Julie Messias, explicou que o plano é dividido em quatro eixos temáticos: ordenamento territorial e fundiário, incentivos econômicos aos sistemas produtivos sustentáveis, comando e controle ambiental, e gestão e governança.
A educação ambiental é uma prioridade para o governo do Acre. Através do Circuito Ambiental, a Sema e o Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) levam conhecimento e sensibilização para crianças, jovens e adultos. Em 2024, o circuito já esteve em municípios como Porto Acre, Tarauacá, Brasileia e Epitaciolândia, e continuará a percorrer o estado.
Além disso, mutirões de regularização ambiental são realizados continuamente, beneficiando produtores rurais com orientações e serviços como inscrição no Cadastro de Regularização Ambiental (CAR) e informações sobre o Programa de Regularização Ambiental (PRA).
O Acre abriga uma rica biodiversidade, com cerca de 4,4 mil espécies de plantas, incluindo espécies raras e ameaçadas. O estado é também o lar de diversas espécies de mamíferos e aves. Possui um território com 16.422.136 hectares, dos quais 47,3% são Unidades de Conservação (UCs) federais, estaduais e municipais. A Sema gerencia nove dessas unidades, que incluem áreas como a APA Lago do Amapá e o Parque Estadual Chandless.
Os povos que vivem na floresta, incluindo indígenas, seringueiros e ribeirinhos, são os maiores protetores da biodiversidade do Acre. Eles dependem da mata e dos rios para sobreviver e sabem como utilizar os recursos naturais de forma sustentável.
Via Agência de Notícias do Acre.
