Na quarta-feira, 5 de junho, o governador do Acre, Gladson Cameli, esteve em Brasília para apresentar ao ministro das Cidades, Jader Filho, o Plano Emergencial de Enfrentamento às Enchentes. O documento detalha uma série de propostas e pedidos de apoio ao governo federal com o objetivo de implementar medidas que reduzam as mudanças climáticas que afetam o estado do Acre com crescente frequência e intensidade.
Entre as solicitações do Acre está o aporte financeiro para contratar consultoria técnica especializada na elaboração de um amplo estudo hidrológico em 19 municípios afetados pelas enchentes de 2024. Também foi solicitada a disponibilização de profissionais do Ministério das Cidades para ajudar o governo na orientação e construção de projetos sobre cotas de inundação e quantidade de imóveis atingidos pelo transbordamento de rios e igarapés.
Uma prioridade destacada por Gladson Cameli é a doação de terrenos pertencentes à União para programas habitacionais, juntamente com recursos para a construção de 4,4 mil moradias populares. O governador aproveitou a oportunidade para pedir a realocação de 224 casas previstas para Rio Branco aos municípios de Brasileia e Tarauacá, que foram proporcionalmente os mais castigados pelas enchentes.
Ainda na área habitacional, o Estado requereu autorização excepcional para a utilização de 5,5 mil lotes restantes no bairro Cidade do Povo, na capital, para a expansão do conjunto habitacional.
“O que estamos fazendo aqui é um grande esforço do Estado, dos nossos parlamentares e do governo federal para encontrarmos soluções definitivas para este grande desafio que o Acre tem enfrentado. Precisamos de medidas concretas para evitar o sofrimento da população e os grandes prejuízos causados pelas enchentes”, afirmou o governador Gladson Cameli.
O documento também solicita, em caráter emergencial, a destinação de 500 unidades residenciais do Programa Minha Casa, Minha Vida – Rural para famílias indígenas atingidas pelas últimas cheias, assim como R$ 91,9 milhões para a implantação de projetos de adaptação das estações de captação e tratamento de água resilientes aos alagamentos em sete cidades do interior.
Ricardo Brandão, secretário de Planejamento, explicou que o plano tem o objetivo de ser executado dentro de um prazo de dez anos, destacando a importância de ter uma noção real das faixas de inundação para que as famílias residentes em zonas de risco possam viver uma realidade completamente diferente daqui a uma década.
O ministro Jader Filho elogiou a iniciativa do governo do Acre e prometeu empenho para atender as demandas apresentadas. “Vamos trabalhar juntos para formatar um projeto que seja uma solução definitiva para este problema do alagamento que vem prejudicando vários municípios do Acre”, enfatizou.
