26 novembro 2024

Transição Climática: El Niño se despede em junho e La Niña chega em julho, aponta Inmet

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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê que a segunda semana de junho será marcada por chuvas nas regiões Norte, Nordeste e Sul do Brasil, com previsões de pancadas que podem atingir mais de 60 mm nas duas primeiras regiões e 70 mm no Sul. Essas chuvas indicam o fim do fenômeno El Niño, com a previsão de início do La Niña no próximo mês.

Na Região Norte, os maiores acumulados de chuva devem ocorrer no noroeste do Amazonas, norte do Pará, Roraima e áreas do leste do Amapá, com volumes que podem superar 60 mm. Nas demais áreas, os volumes devem ser inferiores a 40 mm.

No Nordeste, a previsão é de pancadas de chuva na faixa leste, com acumulados que podem superar os 60 mm, enquanto na faixa norte da região são esperadas chuvas com menores acumulados, podendo o interior registrar tempo quente e seco.

Já na Região Sul, as chuvas devem se concentrar nos estados do Paraná e Santa Catarina.

O El Niño, caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico equatorial, influenciou no aumento das áreas de seca na Região Norte de junho de 2023 a abril de 2024, passando de fraca a extrema em algumas áreas. Na Região Sul, as áreas com seca moderada a extrema desapareceram gradualmente. Na Região Nordeste, houve áreas com seca grave que retrocederam a partir de março de 2024. O fenômeno também contribuiu para eventos de inundação no Rio Grande do Sul.

O atual padrão de condições de temperatura da superfície do mar indica o fim do El Niño e a chegada do La Niña, marcado pelo resfriamento anormal das águas do Pacífico. Os modelos climáticos apontam para uma condição de neutralidade, com probabilidade de formação do La Niña a partir do segundo semestre de 2024, com uma probabilidade de 69%, segundo o International Research Institute for Climate and Society (IRI).

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