3 outubro 2024

Promessa de primeira campanha de Mazinho, usina de asfalto perde rodas, está abandonada e pode ser arrendada

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A Usina de Asfalto do município de Sena Madureira, inaugurada em setembro de 2017, no primeiro ano de mandato do prefeito Mazinho Serafim, como uma das suas promessas de campanha, nunca foi utilizada, mas pode ser arrendada para uma empresa acreana. Isso se a Câmara Municipal aprovar um projeto de autoria do executivo que permite a parceria.

A informação foi dada pelo próprio prefeito em sua mensagem governamental lida para os vereadores na noite desta terça-feira (1), em sessão solene de abertura dos trabalhos legislativos de 2022. O interesse em alugar o espaço, localizado na entrada do município, é da própria empresa, de acordo com Serafim.

Imagens mostram local onde a usina está instalada e condições do maquinário adquirido com a promessa de “asfaltar até o terreno dos moradores”. Um dos maiores equipamentos está sem os pneus e com capins tomando as laterais.

O empreendimento foi licitado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) para atuar nas obras da BR-364 e, por isso, utilizaria o local para produção de massa asfáltica. Em troca, a prefeitura não seria beneficiada com pagamento em dinheiro, mas com 50 toneladas mensais de insumos para serem aplicadas nas vias da cidade.

Mazinho afirmou que a quantidade de massa asfáltica é suficiente para revitalizar, por mês, uma rua de 100 m de comprimento e 7 m de largura – o que foi confirmado nesta quarta-feira (2) pela assessoria do executivo.

A Usina de Asfalto foi construída em Sena a partir de uma emenda do atual governador Gladson Cameli, que era senador à época. O investimento se deu no valor de R$1,5 milhão.

Consultado pela reportagem do ContilNet, o vereador Elvis Dany (DEM), que integra a bancada de oposição ao prefeito, explicou que o projeto será apreciado e analisado tecnicamente assim que chegar à Casa do Povo, mas afirma que Mazinho tomou uma postura politiqueira e populista quando anunciou que o município poderia gerir o espaço – mesmo sendo contrariado por parlamentares como o ex-vereador Jossandro Cavalcante.

“É interessante a ideia de ter o espaço gerido por uma empresa que vai garantir os insumos, mas o prefeito foi precipitado, populista e politiqueiro quando anunciou que o município tinha condições de gerir a usina. Nós não tínhamos condições e não temos, pelo menos por agora. Os vereadores de oposição apontaram isso por diversas vezes na época, mas ele [Mazinho] ignorou”, salientou o vereador.

“Gestão que não teve planejamento e não pensou quais seriam as consequências a longo prazo”, concluiu.

 

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