26 abril 2024

PF prende assessores de ministro do Turismo em caso dos laranjas do PSL

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27 Jun de 2019 do YacoNews
Com informações do Globo


A Polícia Federal prendeu, na manhã desta quinta-feira, três assessores do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, na investigação sobre desvios de recursos do fundo partidário do PSL para candidaturas de laranjas.

Foram presos temporariamente o atual assessor especial do ministério Mateus Von Rondon Martins, em Brasília; e os ex-assessores Haissander Souza de Paula e Roberto Silva Soares, em Minas Gerais. Os três foram alvos ainda de mandados de busca e apreensão. A PF apreendeu computadores e celulares.

Robertinho, como é conhecido, foi coordenador de campanha de Álvaro Antônio. Já Haissander era assessor dele na Câmara dos Deputados.

Batizada de Sufrágio Ostentação, a operação cumpre mandados de busca e apreensão e de prisão temporária. Há agentes nas ruas de Aimorés e Ipatinga, na Região do Vale do Rio Doce, e em Brasília. Em 29 de abril, em primeira fase da ação, a PF fez buscas em sete endereços de cinco cidades de Minas Gerais, incluindo a sede do PSL em Belo Horizonte.

Segundo o G1, os suspeitos são investigados pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral, emprego ilícito do fundo eleitoral e associação criminosa.

Von Rondon foi levado à Superintendência da PF em Brasília, por volta de 7h40 desta quinta-feira. A empresa dele consta na prestação de contas de quatro candidatas à Assembleia estadual e à Câmara dos Deputados que teriam sido usadas pelo PSL de Minas como laranjas.

Ainda de acordo com o G1, Lilian Bernardino, Naftali Tamar, Débora Gomes e Camila Fernandes disseram ter pagado R$ 32 mil à companhia do hoje assessor do ministro. A PF acredita que a empresa tenha sido criada apenas para este fim, já que foi fechada após o fim das eleições. As quatro candidatas tiveram poucos votos no pleito, apesar do recebimento dos recursos do partido, o que levantou suspeitas sobre a regularidade dos repasses e motivou a abertura de investigação em fevereiro.

Robertinho, que era figura central do suposto esquema de candidaturas laranjas, deixou em abril a executiva do PSL de Minas Gerais. Ele ocupava o lugar de primeiro secretário do diretório em Minas. A saída ocorreu depois de seu antigo chefe, o ministro Álvaro Antônio, se tornar alvo de suspeitas de participação no desvio de recursos públicos do fundo partidário nas eleições do ano passado. Robertinho é irmão do dono de uma das gráficas utilizadas no suposto esquema. Segundo a PF, empresa não funcionava há dois anos e emitiu notas fiscais para candidaturas do PSL no estado.

Em maio, o presidente Jair Bolsonaro, que é do PSL do Rio, ironizou as denúncias sobre as candidaturas da sigla. Disse que até gostaria de ser dono de um laranjal , porque “laranja é um produto rendoso”.

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