Há 63 anos, o Acre conquistava oficialmente seu reconhecimento como Estado da federação brasileira. No dia 15 de junho de 1962, o então presidente João Goulart sancionava a Lei nº 4.070, elevando o território a uma nova condição política e institucional. Desde então, o Acre tem avançado em diversas áreas, reafirmando seu papel estratégico no cenário nacional.
Mas a história do povo acreano começou muito antes. Rica em recursos naturais, especialmente as seringueiras, a região foi um polo de atração durante o ciclo da borracha no final do século XIX. Milhares de brasileiros migraram em busca de oportunidades, ocupando um território que, até então, pertencia à Bolívia.
A tentativa boliviana de administrar a região, apesar das dificuldades logísticas, gerou conflitos com os brasileiros que já estavam instalados. A insatisfação culminou na histórica Revolução Acreana, iniciada em 6 de agosto de 1902, liderada por Plácido de Castro, um dos maiores símbolos da resistência regional.
Essa luta culminou no Tratado de Petrópolis, assinado em 17 de novembro de 1903, quando o Brasil incorporou oficialmente o Acre ao seu território, em troca de compensações financeiras e territoriais à Bolívia.
Hoje, o Acre é sinônimo de identidade amazônica, com um povo marcado pela força, resiliência e profundo amor à terra. Os 63 anos de oficialização como Estado representam mais do que um marco jurídico: são a consagração de uma história de bravura que continua a inspirar gerações.
