
O governo do Acre decretou situação de emergência nesta quinta-feira (17) por conta do surto de sarampo que atinge a Bolívia. Mais de 100 casos já foram confirmados no país vizinho, o que acendeu o alerta na área da saúde, principalmente nas cidades acreanas que fazem fronteira com a Bolívia.
Apesar de o Acre não registrar casos da doença desde o ano 2000, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) reforçou a vacinação nos sete municípios que fazem fronteira: Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri, Capixaba, Plácido de Castro e Acrelândia.
Para prevenir a reintrodução do vírus, foram iniciados mutirões de vacinação em cidades como Assis Brasil, Brasiléia e Epitaciolândia, localizadas na regional do Alto Acre. Nessas ações, a chamada “dose zero” está sendo aplicada em crianças a partir de seis meses e menores de um ano. Já a vacina de rotina segue no calendário normal, a partir de um ano de idade.
A técnica de enfermagem Gilmara Lopes explicou que o sarampo é uma doença altamente contagiosa, e com a proximidade da Bolívia, a atenção precisa ser redobrada. “Estamos ampliando o público-alvo da vacinação e reforçando os atendimentos nas unidades básicas de saúde”, disse.
Como saber se a vacinação está em dia?

Muitas pessoas têm dúvidas ao olhar a caderneta de vacinação. Segundo Gilmara, a vacina contra o sarampo pode aparecer como:
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TV (tríplice viral)
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DV (dupla viral)
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Tetra viral (aplicada em crianças de 1 ano e 3 meses)
Se houver dúvida, basta levar a caderneta até uma unidade de saúde para que o profissional verifique e, se necessário, aplique a dose.
As orientações de imunização são:
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Pessoas de 1 a 29 anos: duas doses
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De 30 a 59 anos: uma dose
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Acima de 60 anos: a vacina não faz parte do calendário regular, mas pode ser aplicada com prescrição médica
De acordo com o Plano Nacional de Imunizações (PNI), todas as salas de vacinação do estado estão abastecidas. Só na última semana, o Acre recebeu mais de 36 mil doses da vacina contra o sarampo.
O que é o sarampo?
O sarampo é uma infecção viral que se espalha facilmente pelo ar, por meio da fala, tosse ou espirro. Os principais sintomas são: febre alta, tosse seca, manchas vermelhas no corpo, coriza e conjuntivite. Casos graves podem evoluir para pneumonia, meningite e até causar a morte.
A vacina é a única forma de proteção. Não há tratamento específico para a doença, por isso a prevenção é essencial. Quem estiver com sintomas gripais ou suspeita de sarampo deve evitar aglomerações, usar máscara, higienizar as mãos com frequência e manter os ambientes ventilados. Também é importante procurar o serviço de saúde o quanto antes.