30 abril 2024

Lula é aconselhado a manter distância do conflito entre Israel e Irã

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Os assessores internacionais e políticos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estão recomendando que ele mantenha uma distância segura do conflito em curso entre Israel e Irã.

A análise é de que, no ano passado, ao tentar atuar como mediador nos conflitos entre Ucrânia e Rússia, bem como entre Israel e Hamas, o presidente, embora com boas intenções, acabou criando um desgaste.

Esse desgaste foi explorado na política interna do Brasil e contribuiu para a rejeição de parte do eleitorado evangélico em relação ao presidente petista.

Por isso, a orientação é que as manifestações públicas sobre o conflito sejam conduzidas pela diplomacia brasileira. Caso seja questionado, Lula deve fazer declarações mais genéricas, defendendo um entendimento que evite o agravamento da situação.

No Palácio do Planalto, há a avaliação de que é crucial que o presidente priorize as questões domésticas neste momento. Posicionamentos internacionais podem ofuscar as conquistas consideradas importantes pela atual gestão do governo petista.

Nesta segunda-feira (15), por exemplo, o foco do presidente estará no pacote de reforma agrária, enquanto no âmbito internacional, serão priorizadas discussões relacionadas à eleição venezuelana.

Em uma nota divulgada no final da noite de sábado (13), o Palácio do Itamaraty expressou sua preocupação com os relatos sobre o envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel.

A nota destacou que o governo brasileiro tem alertado sobre o potencial destrutivo do agravamento das hostilidades no Oriente Médio desde o início do conflito em Gaza, que teve início após os ataques do grupo radical islâmico Hamas em outubro de 2023.

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