
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou luto oficial de sete dias nesta segunda-feira (21) em homenagem ao Papa Francisco, que faleceu aos 88 anos. Em nota oficial, Lula lamentou profundamente a morte do pontífice e exaltou sua trajetória como símbolo de amor, acolhimento e defesa dos mais vulneráveis.
“O Papa Francisco foi uma voz de respeito e compaixão. Assim como na oração de São Francisco de Assis, ele buscou levar o amor onde havia ódio, a união onde havia discórdia”, afirmou o presidente.
Lula também destacou o papel ativo do Papa em pautas sociais e ambientais, elogiando sua coragem e empatia ao denunciar desigualdades e levantar discussões sobre mudanças climáticas dentro do Vaticano. “Ele sempre esteve ao lado dos pobres, refugiados, jovens, idosos e vítimas de guerras e do preconceito.”
O presidente lembrou ainda os encontros que teve com Francisco, ao lado da primeira-dama Janja da Silva, como momentos de troca de ideais e carinho. “Compartilhamos sonhos de um mundo com mais paz, igualdade e justiça. Ideais que o mundo sempre precisará.”
No encerramento da nota, Lula expressou solidariedade a todos que sofrem com a perda e afirmou que “o Santo Padre se vai, mas suas mensagens seguirão gravadas em nossos corações”.
Encontros com o Papa

Lula e Papa Francisco se encontraram oficialmente em três ocasiões. O primeiro foi em fevereiro de 2020, no Vaticano, durante uma reunião privada na Casa Santa Marta. Na conversa, trataram da importância da solidariedade e do combate às desigualdades.
O segundo encontro aconteceu em 21 de junho de 2023, também no Vaticano. Na ocasião, discutiram temas como a preservação ambiental, a luta contra a fome e a pobreza, e Lula aproveitou para convidar o Papa a visitar o Brasil, especialmente durante o Círio de Nazaré, em Belém (PA).
O terceiro encontro ocorreu em 14 de junho de 2024, na Cúpula do G7, na Itália, onde o Papa participou como orador. Ele abordou o uso ético da inteligência artificial e condenou o desenvolvimento de armas autônomas. Em uma reunião reservada, Lula e Francisco voltaram a tratar da fome e das desigualdades globais.
Além disso, em fevereiro de 2025, Janja teve outro encontro com o Papa durante uma visita a Roma para a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Na reunião, ela agradeceu pelas orações pela saúde do presidente e conversou sobre a situação de mulheres e meninas afetadas pela fome.