30 de Agosto de 2019 YACONEWS
Quem precisa de atendimento, sente, literalmente, na pele que as coisas ainda não melhoraram.
É o caso do paciente Felipe Souza. Por causa de um acidente de moto o jovem de 23 anos quebrou o fêmur. Internado no Pronto-Socorro há mais de um mês, aguarda por uma cirurgia. “Quebrei o fêmur no dia de julho. Passei 5 dias no corredor esperando um leito até que consegui. Depois de 20 dias internado, o médico marcou a cirurgia, pediu pra ficar sem comer o dia inteiro, quando foi mais de quatro da tarde disse que a cirurgia não ia ser feita e não tem previsão de quando vai acontecer”, reclama.
No leito ao lado de Felipe, a situação de Antonio Raimundo é ainda pior. Já são 40 dias de espera após quebrar as duas pernas quando em um trabalho na floresta uma árvore caiu sobre seu corpo.
A situação atinge outros pacientes que aguardam por procedimentos ortopédicos.
A gestão do hospital conta que outro problema é a dificuldade em transferir pacientes que deveriam está em outras unidades após o atendimento mais emergencial. “A situação está realmente crítica. O Pronto-Socorro acaba sendo a porta de entrada do paciente fraturado, tenho o centro cirúrgico para operar, mas depois estou tendo dificuldade de terminar esse tratamento, que deveria ser feito em outra unidade. Estamos trabalhando para resolver isso. A expectativa é que a partir da próxima semana a Fundação Hospitalar já tenha uma escala de cirurgias ortopédicas para que consigamos normalizar essa situação e tentar fazer com que os pacientes não esperam tanto por uma cirurgia”, afirma Areski.