26 abril 2024

Pazuello prevê vacinação contra covid em 20 de janeiro: ‘melhor hipótese’

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Anaís Motta, Thaís Augusto e Kelli Kadanus

O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, afirmou que a vacinação no Brasil deve começar em 20 de janeiro na “melhor das hipóteses” ou no máximo até o final de março em caso de eventuais problemas. A expectativa, segundo ele, é de cerca de 30 milhões de doses por mês, considerando a produção na Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e Instituto Butantan.

“Quando iniciaremos a vacinação no Brasil? Vou dar aos senhores três períodos: primeiro, até o dia 20 de janeiro, na melhor hipótese”, afirmou o ministro. “Em médio, estaríamos entre o dia 20 de janeiro e 10 de fevereiro. A hipótese mais alongada é final de fevereiro, meados de março, se a produção tiver qualquer percalço”.

Até agora, o governo federal não havia anunciado datas para começar a vacinação. Ontem, Pazuello confirmou a compra de 354 milhões de doses (254 milhões da AstraZeneca e 100 milhões da CoronaVac) contra covid-19. Porém, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ainda não aprovou nenhuma vacina. O ministério já divulgou que aguardará a liberação da Anvisa para iniciar a campanha.

A declaração foi dada durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto para falar sobre a medida provisória editada ontem pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Pazuello ainda detalhou os planos de produção da vacina no Brasil: “O que é fabricado na Fiocruz: 15 milhões de doses por mês. No Butantan serão 9 milhões no primeiro mês, 15 milhões no segundo e 20 milhões no terceiro mês. Então, os nossos laboratórios vão produzir juntos algo em torno de 30 milhões de doses por mês”.

Segundo o ministro, os números são suficientes para iniciar o plano de vacinação no Brasil.

Em dezembro, o Ministério da Saúde apresentou uma versão preliminar do plano nacional de imunização contra a covid-19. O plano, composto por quatro fases, dá prioridade a profissionais da saúde, idosos, indígenas, professores, forças de segurança e funcionários do sistema prisional, normalmente mais vulneráveis e expostos à doença.

O plano de vacinação contra a covid-19, entretanto, foi criticado por médicos e especialistas em saúde pública. Segundo eles, a versão apresentada tem uma série de buracos e questões logísticas não respondidas.

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