27 abril 2024

Lula e Macron criticam impedimento de candidatura da oposição na Venezuela

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Durante uma coletiva de imprensa conjunta realizada no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou surpresa e preocupação com o impedimento do registro da candidatura de Corina Yoris nas eleições presidenciais da Venezuela, marcadas para 28 de julho. A declaração foi feita ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron, que está em visita de Estado ao Brasil esta semana.

Lula comentou sobre a situação, destacando a importância da decisão inicial de permitir que a candidata proibida pela Justiça indicasse uma sucessora, porém expressou preocupação com a impossibilidade de registro da nova candidata. “Ela não foi proibida pela Justiça. Me parece que ela se dirigiu até o lugar, tentou usar o computador e não conseguiu entrar”, observou o presidente.

Inicialmente, a Plataforma Unitária Democrática (PUD), que reúne os principais partidos de oposição ao presidente venezuelano Nicolás Maduro, planejava registrar Corina Yoris como substituta de Maria Corina Machado, porém enfrentou dificuldades no processo de registro.

Lula destacou a falta de justificativa jurídica ou política para impedir a candidatura de um adversário político, fazendo um paralelo com sua própria experiência no Brasil, quando foi inicialmente impedido de concorrer em 2018 devido a questões legais que foram posteriormente anuladas pelo Supremo Tribunal Federal.

A declaração de Lula ocorreu após o Ministério das Relações Exteriores (MRE) manifestar preocupação com o processo eleitoral na Venezuela em nota à imprensa divulgada anteriormente.

Em resposta à mesma questão, o presidente Macron também condenou o impedimento da candidatura opositora na Venezuela e endossou as palavras de Lula, ressaltando a importância de um processo eleitoral democrático e transparente.

Ambos os presidentes expressaram o desejo de que a situação na Venezuela seja resolvida de forma a garantir a participação de todos os candidatos e a presença de observadores regionais e internacionais nas eleições, visando reconstruir um ambiente democrático e transparente.

Via Agência Brasil.

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