26 abril 2024

Operação ‘Gol Contra’: Jogadores do Atlético-AC têm celulares apreendidos em investigação de manipulação de resultados

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Dois jogadores do Atlético-AC são alvos de operação do MPRN — Foto: Divulgação/MPRN

Dois jogadores do Atlético-AC tiveram seus celulares apreendidos no CT Adauto Frota, em Rio Branco (AC), durante a terça-feira (26), como parte da operação “Gol Contra”, desencadeada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN). Essa operação visa investigar um possível esquema de manipulação de resultados em jogos de futebol.

Segundo Marcelo Avelino, presidente do Atlético-AC, os jogadores em questão foram contratados por meio de um acordo com um investidor não revelado. Durante a pré-temporada, o clube passou por mudanças no elenco e na comissão técnica.

A diretoria do clube pretende se reunir no fim da manhã desta quarta-feira (27) para deliberar sobre o afastamento dos atletas envolvidos na operação e para emitir um posicionamento oficial sobre o ocorrido.

Os materiais apreendidos serão analisados pelo MPRN, que ainda está investigando a possível participação de outras pessoas nesse suposto esquema de manipulação de resultados.

A operação “Gol Contra” contou com o apoio do Ministério Público do Acre (MPAC) e da Polícia Militar potiguar. Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Ceará-Mirim e dois em Rio Branco. Os crimes em apuração incluem manipulação de resultados esportivos, conforme previsto na Lei Geral do Esporte, além de associação criminosa, conforme o Código Penal.

De acordo com o MP, o esquema de manipulação estaria ocorrendo em campeonatos organizados pela Federação Norte-rio-grandense de Futebol, visando beneficiar determinados grupos em apostas predatórias no chamado “mercado bet”.

O MPRN já possui indícios de apostadores que se beneficiam diretamente ou por meio de informações privilegiadas, aliciadores que oferecem valores ao corpo técnico dos times envolvidos para manipular resultados, jogadores que desempenham papel central nos jogos e possíveis dirigentes e técnicos coniventes ou envolvidos no suposto esquema.

Para o MPRN, há elementos fortes e sinais concretos indicando as fraudes, batizadas de “Mercado Bet”. A investigação continua em andamento.

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