26 abril 2024

Fotógrafa faz petição púbica contra cesarianas não respeitosas no Acre

spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

No Acre, muitas mulheres reclamam da forma desumanizada que são tratadas na hora de dar à luz. É quase que rotineiro as reclamações dos atendimentos ofertado nos hospitais, alguns vão parar na justiça, outros ficam como desabafo em redes sociais, já que há uma grande burocracia para entrar com uma ação.

A fotógrafa Allana Aryanne Alencar Pereira, 31 anos, teve uma experiência traumática, quando teve seu primeiro filho na Maternidade Bárbara Heliodora, em 2014, e, hoje, além de acompanhar de perto os partos que ela fotografa, também recebe diversos relatos de mulheres que sofreram no momento da cesariana.

Entre os relatos das pacientes que tiveram o serviço pelo Sistema Único de Saúde (SUS) as reclamações são de humilhações, negligência de forma psicoemocional e, muitas vezes, abolidas dos direitos básicos como: contato pele a pele com seu bebê, clampeamento tardio do cordão, amamentação na primeira hora de vida, acompanhamento intermitente do acompanhante escolhido, campo cirúrgico, presença da doula pelo SUS e banho de imersão na banheira.

Com isso, surgiu a ideia de criar uma petição pública onde ela aponta que diretrizes nacionais de atenção à gestante não são cumpridas no momento da cirurgia nos hospitais que realizam cesarianas no estado.

“Essa petição é para sociedade, não é somente para mulheres, mães ou que logo serão. Pedimos que os direitos humanos sejam reconhecidos e protegidos com dignidade, que todos os seres humanos precisam, não somente a mulher, mas pelo fato de chegar ao mundo um ser humano, que merece respeito ao nascer. Esse assunto deve ser de todos e pelo fato de não falarmos dele com toda sociedade de forma mais natural, que sofremos tanto no dia do nascimento dos nossos filhos. O futuro são aqueles que irão nascer, o que será do futuro das nossas próximas gerações se elas são recebidas sem afeto, gentileza e amor”, questiona Allana.

A fotógrafa diz ainda as mulheres do privado, que pagam pelo serviço do médico, também sofrem tal qual a cesariana do SUS. “Elas pensam que por estarem pagando serão privilegiadas de alguma forma. Mas a maioria são enganadas e só se dão conta disso após saber que seus direitos nesse dia não foram respeitados.

A petição foi criada no dia 27 de agosto e já conta com mais de 600 assinaturas. Para assinar, basta acessar o link: https://peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=BR126626.

A equipe de reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) para saber se há algo trabalhado nesse sentido para melhorar e humanizar o atendimento, porém, até o momento desta publicação, não obteve resposta.

 

Veja Mais